Peeling Químico

É um método que consiste na esfoliação acelerada da pele provocada pela aplicação de substâncias químicas com fins terapêuticos. Deve ser realizado em consultório médico onde se aplica os produtos que promovem a esfoliação química programada para o tratamento tanto da acne em atividade como das suas cicatrizes, da pele envelhecida ou melhora da textura da pele, redução dos poros dilatados e oleosidade da pele, manchas (melasma), além de estimular a renovação do colágeno, que dá melhor firmeza à pele.

É preciso definir o programa de tratamento, pois são necessárias algumas sessões do procedimento para se obter o resultado desejado. O intervalo entre as sessões varia de acordo com a profundidade do peeling realizado, do quadro clínico apresentado pelo paciente, bem como do seu tipo de pele e resposta ao tratamento.

A profundidade da esfoliação depende do tipo e da concentração do agente utilizado:
• Peelings superficiais: atingem a camada externa (visível) até a derme superficial.
• Peelings médios: atingem a camada externa (visível) até a derme média.
• Peelings profundos: atingem desde a camada externa (visível) até a derme profunda.

Quanto mais profundo for o peeling, mais cautelosa deve ser sua realização, bem como seus cuidados no pós-peeling. Isso quer dizer que não é a classe de peeling que difere estes aspectos, mas a profundidade em que o mesmo é aplicado. Portanto, este fator é fundamental na determinação dos resultados e dos riscos do procedimento.

Os peelings superficiais e médios são feitos com diferentes ácidos como: glicólico, retinóico, salicílico, tricloroacético, Jessner associados ou não. Já o peeling profundo é realizado principalmente com o ácido Fenol.

O médico aplica o produto sobre a pele limpa, espalhando-o uniformemente. Pode haver discreta ardência e queimação dependendo da substância utilizada. Alguns tipos de peelings são retirados em poucos minutos. Em outros, o paciente vai para casa com o produto e só retira algumas horas depois.

No período pós-peeling a pele pode assumir uma coloração avermelhada logo após a aplicação, que evolui para um ressecamento e descamação, normalmente, na primeira semana; voltando ao seu estado normal com a reposição das novas camadas de pele estimuladas pela ação do peeling. Nesta fase, é importante evitar exposição ao sol e usar adequadamente o protetor solar.

As contra-indicações mais freqüentes para que a pessoa se submeta ao peeling são: herpes ou outras infecções de pele em atividade na área a ser tratada, pele bronzeada e ter feito uso de isotretinoína oral há menos de um mês no caso de peelings superficiais e seis meses para o peeling profundo.

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Referências: SBD, SBCD, Tratado de Dermatologia de Fitzpatrick e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti
Colaboração: Dra. Daniela Velozo – médica dermatologista