Crioterapia e criocirurgia
Criocirurgia significa a destruição de tecidos com o uso da baixa temperatura com objetivos terapêuticos. O termo crioterapia significa o tratamento de patologias com o uso do frio, sem obrigatoriamente provocar destruição tissular.
A criocirurgia cutânea emprega o nitrogênio líquido a -196°C o que provoca o congelamento das lesões cutâneas e reduz sua temperatura para muito abaixo de zero, alteração que leva à destruição do tecido doente. Em geral, a aplicação é feita de duas formas: por meio de um spray que borrifa um jato de nitrogênio líquido diretamente na lesão, ou por meio do congelamento de ponteiras encostadas no local a ser tratado.
A criocirurgia é uma opção terapêutica adequada para tratar tumores cutâneos benignos, pré-malignos ou malignos, lesões cutâneas pequenas, médias ou grandes, manchas na pele, remoção de verrugas, molusco contagioso, queratose seborreica, hemangioma, queratose actínica, Doença de Bowen e carcinoma basocelular superficial.
Essa técnica é particularmente útil em pacientes idosos ou com múltiplas lesões, que possuem marcapasso ou usam anticoagulantes, indivíduos ansiosos e com pânico de cirurgia. Lesões maiores podem ser tratadas parcialmente, evitando internações e cirurgias mais amplas.
Pacientes crônicos, de idade avançada, toleram muito bem o processo criocirúrgico. O fato de a dor nesse procedimento ser reduzida, bem como a possibilidade da criocirurgia ser realizada no próprio leito do paciente, ou mesmo em cadeira de rodas, evitando incisões e suturas, torna a criocirurgia particularmente útil nestes casos.
Nos dias seguintes ao procedimento, mais uma vez dependendo do tempo de congelamento e do local tratado, pode ocorrer inchaço e, até mesmo, a formação de bolhas. No entanto, na maioria das vezes, ocorre apenas o escurecimento da lesão devido à morte do tecido, que resseca formando uma crosta que cai em cerca de 7 a 30 dias.
________
Referências: SBD, SBCD, Tratado de Dermatologia de Fitzpatrick e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti
Colaboração: Dra. Daniela Velozo – médica dermatologista