Subincisão

A palavra Subcision é originada da conjugação do termo Subcutaneous Incisionless Surgery, que significa cirurgia subcutânea sem incisão. A Subincisão é uma técnica cirúrgica indicada no tratamento de cicatrizes de acne; cicatrizes pós traumáticas; rugas e sulcos da face, retrações cicatriciais pós lipoaspiração; celulite em graus mais avançados que apresentam retrações ”pontuadas” visíveis mesmo na pele em “repouso” e outras alterações do subcutâneo. Em tais alterações, a pele encontra-se retraída por septos fibróticos subcutâneos do sistema musculoaponeurótico superficial (SMAS).

A subincisão é feita com o uso de uma agulha de ponta cortante que é introduzida sob a pele, provocando o descolamento da pele e sangramento do local. Com a técnica, as traves fibrosas subcutâneas são seccionadas para liberar a tração que elas exercem sobre a pele. No procedimento cirúrgico são também seccionados vasos sanguíneos, presentes junto aos septos, resultando na formação de hematomas.

Esses hematomas, estimulam a formação de um novo tecido conjuntivo, que vai atuar preenchendo o local tratado e redistribuindo a gordura, as forças de tração e tensão. É realizada com anestesia local e as equimoses (áreas roxas) melhoram entre 2 a 3 semanas.

O procedimento é simples e seguro, mas só pode ser realizado por médicos. Antes da sua realização, é preciso fazer uma avaliação clínica e exames laboratoriais, se indicados. Eles detectarão as condições que poderão comprometer a cirurgia ou a saúde do paciente.

São necessárias algumas sessões, porém o número varia de acordo com o problema a ser corrigido, o tamanho da lesão, a profundidade, a localização, a capacidade do paciente em produzir colágeno. O intervalo mínimo entra as sessões é de 1 a 2 meses.

É importante a investigação de distúrbios da coagulação, história de tabagismo, fatores nutricionais, infecção ativa no local, uso de medicamentos e reações adversas ao uso destes, presença de cicatrizes atróficas e história de cicatrizes hipertróficas ou quelóides. Além disso, o número necessário de sessões operatórias dependerá do tamanho, profundidade e localização do defeito, da tendência individual de formação de colágeno e da intensidade do procedimento utilizado.

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Referências: SBD, SBCD, Tratado de Dermatologia de Fitzpatrick e Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti
Colaboração: Dra. Daniela Velozo – médica dermatologista